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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Parodia Soneto da Fidelidade




Soneto da Fidelidade
Vinícius de Moras
Paródia

De tudo serei atento,
Que mesmo em face do maior encanto,
Hei de me espantar em pensar no desmatamento.

Viverei cada vão momento,
mesmo na presença do luar mais lindo
me assustarei com os poluentes.

E assim quanto mais tarde percebemos,
quem sabe a morte me separe desses poluentes.
Acompanharei a solidão, com a certeza de que o fim não esta longe.

Não gosto de lembrar,quantos rios secaram, quantos animais morreram.
Quanta vida foi perdida, quanto sofrimento foi vivido.
E eu sigo na certeza que esse sofrimento não vai durar para sempre.



Soneto da Fidelidade
Vinícius de Moraes
Original

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


Autor:Alexandre R. Ribeiro
Leonardo da Silva Lima

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